segunda-feira, 20 de junho de 2011

Entrevista João Paulo

Quando você sentiu pela primeira vez a vontade de ser jogador de futebol?
Desde criança fui apaixonado por futebol, mas a vontade aumentava quando assistia aos jogos com meu pai e ele sempre falava: “Um dia você estará aí filho, jogando”.
  
Como foi pra você receber a notícia de que faria um teste no Rio de Janeiro (CFZ)? Quando ficou sabendo, já se imaginou jogando em um dos quatro grandes do Rio?
“Era meu sonho fazer um teste, e quando recebi a notícia fiquei um pouco ansioso e nervoso. E claro que eu já me imaginei aprovado e jogando em um dos 4 grandes”.
  
Como foram os testes do CFZ? Sentiu-se pressionado com um sentimento de obrigação para ser aprovado? Ficou surpreso ao ficar sabendo que foi aprovado e que jogaria no clube?
“Os testes foram legais, não me senti pressionado porque logo que cheguei fiz algumas "amizades" e isso facilitou. Não fiquei surpreso em ser aprovado porque tinha feito ótimos treinos, me destacando e vi que tinha condições de fazer parte daquele grupo”.

Quando se mudou para o Rio de Janeiro, sentiu muitas dificuldades para se adaptar, ficar longe da família? Hoje, do que sente falta de Pouso Alto? E do que não sente?
“Sim, sim. A saudade era a pior barreira. Eu sinto falta dos meus amigos e da minha família. Não sinto falta do marasmo, me acostumei com lugares movimentados e agitados”.

Ao chegar ao juniores do Fluminense, fez uma boa atuação na Copa São Paulo de Juniores e terminou a competição com quatro gols, sendo três deles de falta. Como foi chegar ao profissional de um grande clube?
“Foi mais um sonho realizado em tão pouco tempo. Me lembro bem, tinha 17 anos e pude atuar ao lado de Conca, Thiago Neves, Thiago Silva e Washington era uma honra e uma felicidade sem tamanho e ali realmente estava tendo meu valor reconhecido”

Descreva a sensação de jogar no Maracanã e marcar um gol de falta contra o Flamengo.
“Se não me engano era a primeira vez que jogava ali e poder fazer um gol de falta numa final contra o maior rival, não podia ser melhor. Tanto que depois do gol não sabia o que fazer e nunca fui de fazer acrobacias e acabei virando um mortal de tanta felicidade ao comemorar o gol”.

Como avalia suas atuações pelo Fluminense, Figueirense e o começo na Ponte Preta? Seu contrato com o Flu termina em 2012, você acredita em uma renovação?
“Pelo Fluminense avalio como aprendizado, pelo Figueirense mais maduro (porem uma lesão me atrapalhou muito) e pela Ponte Preta muito bem no campeonato mais disputado do Brasil (Paulista). E essa renovação envolve muitas coisas, claro que quero renovar, mas até lá tem muita coisa pra acontecer, então prefiro pensar no presente”.

Como é a rotina de um jogador de futebol profissional? Como você intercala sua vida profissional e pessoal?
“É uma vida muito controlada e certinha. Concentração, treino todos os dias e viagens. A vida profissional e pessoal caminham juntas porque meus amigos fora de campo acabam sendo os meus companheiros de trabalho e como minha família mora longe tenho que me apegar a isso, mas não tenho nada a reclamar. É valido o preço que se paga”.

Tanto no Rio de Janeiro, Florianópolis e agora em Campinas, você andava/anda com tranqüilidade nas ruas? O assédio dos fãs é intenso?
Eu pouco saio na rua, e quando saio é sempre “de boa”. No Rio tinha um pouco mais de cautela, mas nada que atrapalhasse. Floripa e Campinas são parecidos porque só tem dois times, então o assédio é bem maior, mas graças a Deus só paravam e param pra elogiar”.
 Muito se diz que o pagamento de salários de jogadores no Rio são atrasados, como tal acontecimento se procede no futebol catarinense e paulista?
“Quanto a isso não tenho nada a reclamar.Tanto ano passado quanto neste ano não tive problemas de atrasos de salário. Estão de parabéns quanto a isso.

Popularmente no Brasil, os argentinos são considerados arrogantes e estúpidos. Como foi sua convivência com Dario Conca?
“Isso aí é tudo um pré-julgamento. O Conca é uma pessoal muito humilde, alegre e simpático. Foi um dos primeiros a me acolher no grupo quando subi, além de jogar muito é um grande amigo que fiz questão de apresentar aos meus familiares. Dispensa comentários tanto a pessoa como o jogador Conca”.

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